quarta-feira, 25 de abril de 2012

Black Letter =7= Cap final



Quando deu sete e meia da manhã Sam me ajudou a ir lá pra cima no Marcele e foi uma das visões mais tristes que já tive.
Estava tudo destruído.
Nós tentamos sair dali com máximo de cuidado, pois todos os alicerces daquele lugar estavam comprometidos. Sam me guiou com cuidado me ajudado por culpa da minha perna que tirava uma boa parte da minha agilidade até o lado de fora e de lá nós fomos caminhando em direção da cidade e não sei dizer o que era pior, a cidade cheia de feridos ou a cidade em pedaços...
Encontramos algumas autoridades e pedimos auxilio, eles disseram que nós enviariam de volta para as nossas casa, mas que por hora eu seria enviada a um medico pois minha perna estava gravemente fraturada pois na queda eu rompi ligamentos nervosos e ossos.
Sam insistiu e foi comigo.
—Meg não já falei que vou estar com você? Então não insista para que eu te deixe! – Ele me repreendia e ao mesmo tempo em que eu gostei de ouvir isso eu fiquei com vergonha.
— Não tenho como discutir não é Sam? – Perguntei já me dando por vencida.
— Não! – Ele foi muito firme em sua resposta.
— Tudo bem. – aceitem sem esforço nenhum sua decisão!
Me colocaram em uma ambulância e fomos para a cidade mais próxima em busca de um hospital. Lá me disseram que eu teria que colocar pinos na perna. Passei por uma cirurgia e quando voltei para o quarto e vi que Sam ainda estava lá, mas com os ferimentos tratados e com roupas limpas.
— Falei com sua mãe Meg... Ela me disse que Lucy e Iam estão bem e que ela vai te levar de volta pra casa e que você vai para o seu antigo colégio.
— Que bom... E você Sam? – Perguntei meio sem jeito... Acho que é o fim para nossa história, que nem começou.
— Meu pai vai me levar para casa e eu vou entrar em um colégio novo - ele me disse sorrindo.
— Onde você mora Sam? – Do nada senti essa vontade de saber...
— Adivinha? - Ele me disse sorrindo de orelha a orelha.
Comecei a rir...
Ele morava exatamente na mesma cidade que eu, isso sim é que é sorte... Eu acho.
— Meg eu serei seu protetor agora... E se você aceitar namorado também nas horas vagas...
— Pode ser... Aceito sim, mas você tem que falar com a minha família e com o Lu – lembrei do meu melhor amigo. - Ele vai querer matar você Sam... Você quer namorar a "mãe" dele.
- Vou mostrar para meu futuro filho que serei bom para a mãe dele!
Nós rimos e guardas entraram com nossas coisas e com uma ordem de remoção... Iríamos para casa.
 Depois de algumas horas de viagem e um interrogatório sobre como eu achei a "Carta Negra" eles nós deixaram sair da viatura. Tanto meus pais quanto os dele estavam a nossa espera.
Sam empurrava minha cadeira de rodas e no momento que encontramos nossas familias foi um choro só, o medo de perder quem a gente ama foi todo descarregado ali naquele instante. E no mesmo instante percebi que depois de tudo que passamos Sam iria se afastar de mim pela primeira vez e eu fiquei triste.
— Meg o que foi? – Sam me perguntou
— Nada não – Menti
— Amanhã eu vou te visitar. Alias vou te visitar todos os dias.
Sorri
— Obrigado Sam.
— Não foi nada.
Sam se aproximou e me beijou na frente do nossos pais.
Senti meu rosto esquentando muito. Achei que eu explodiria que nem uma das bombas....
Quando interrompemos o beijo ele estava sorrindo.
— Te vejo amanha pequena.
Sorri de volta.
Ele foi para perto da família dele e minha mãe veio me empurrar com um olhar maroto pro meu lado.
— O que foi isso Megan? – Perguntou ela.
— Acho que tenho muita coisa pra te contar mãe...

Fim...