quarta-feira, 23 de março de 2011

Não Foi Apenas Um Sonho '5'






Entrei no quarto dele e me espantei pela decoração, não era como o resto da casa, refinado e sofisticado, era o quarto de um garoto comum com posters de bandas, tinha as paredes pretas com o teto vermelho... Parecia o meu... Mas enfim...
Ele estava em cima da cama com uma cara de despreocupado quando os seus olhos enfim encontraram os meus... Ele fez sinal para que me sentasse, e eu obedeci e ele por sua vez sorriu simpático e começou a falar.
— Bom Luci, eu gostaria que parasse de me chamar de ELE, VOCÊ, ou qualquer outra coisa que possa me ofender, não é legal da sua parte... Me chame pelo nome, Aidan pronuncia-lo não dói! - assenti com a cabeça e ele prosseguiu — Bom como já havia lhe dito essa é a seu novo lar... Depois você redecora o seu quarto como achar melhor. – ele falava como se fossemos amigos há muito tempo e eu por minha vez concordei de novamente.
— Bom por enquanto já disse tudo que tinha pra falar... Quer me dizer algo? Fazer alguma pergunta que eu possa responder? – ele tinha um olhar calmo para mim.
Olhei apreensiva e perguntei: — Posso mesmo?
— Pode! – Ele respondeu simples.
— O que você é afinal Aidan? – Perguntei com medo.
— Você quer mesmo saber? – Ele rebateu com um ar cansado.
Assenti que sim com a cabeça ansiosa por sua resposta!
— Bom Luci eu sou um incubo! – olhei para ele com uma cara de "DOQUEVOCÊESTAFALANDO?" e ele balançou a cabeça com certo desgosto.
— Luci, querida, um incubo é um tipo de demônio... – encarei-o com cara de pura descrença quase rindo.
— Prazer EU SOU A LINDSAY LOHAN! – eu fiz uma piada besta, mas pelo amor de deus quem acredita na existência de demônios?
— Eu estou falando sério Luci, e você é muito mais bonita que ela! – ele me encarava serio e na hora fiquei assustada e corada. — Luci, por que você sente tanto medo na minha presença? Porque eu exerço um poder tão grande sobre você? Pense nas coisas que você faz só porque eu ordeno sendo que a sua vontade era de me bater.
— Mas você não pode ler minha mente! – eu rebati
— Mas nenhum demônio pode, eu só leio o que você sente e o que o seu corpo deseja! – ele rebateu. — Aula de bíblia Luci, demônios ficam apenas ao seu redor para ler o que o seu corpo diz ou o que sua boca profere! O único “onisciente” é o “cara”
— Faz sentido! Mas que tipo de demônio é um incubo? – Perguntei.
— Sou um demônio sexual! – ele me respondeu categórico e sem nenhuma vergonha.
— O..o..o quê? – e u dei uma leve engasgada.
Faz sentido...
— Isso mesmo que você ouviu! – ele me encarava divertido.
— Como assim? O que você faz exatamente? – Fiquei curiosa mesmo eai?
— Bom eu seduzo as mulher para roubar-lhes a energia sexual que reflete na vital, ou no real ou no espiritual entrando nos sonhos delas!
— Mas você as mata? – fiquei espantada.
— Algumas sim, outras não... Depende da mulher! – ele colocou as mãos atrás da cabeça e esticou as pernas cruzando-as — Depende do meu humor também.
— Então se você fizer algo comigo eu posso morrer? – eu comecei a pensar melhor na minha situação.
— Não! Você é diferente das outras... Um dia te explico... Mas porque essa curiosidade sobre eu matar você? – Um sorriso malicioso brotou em seus lábios.
— Estava trabalhando hipoteticamente! – falei rápido tentando abafar minhas suspeitas de ele ser um estuprador débil.
Débil e muito sexy!
— Hum...? – Em um segundo ele tinha me derrubado na cama e ficado por cima de mim sussurrando coisas no meu ouvido. —Eu sei o que você quer de verdade garota! Eu sei que você quer a mim. – Ele deslizava a ponta do nariz sobre o meu pescoço e ia subindo ate a bochecha até poucos centímetros da minha boca e voltava o mesmo caminho.
— AIDAN SAI DE CIMA! - Empurrei ele sem muita força, pois nem raciocinar direito eu estava conseguindo, eu só tinha a consciência do corpo dele sobre o meu.
— Por quê? Eu sei que você não quer que eu saia de verdade. – Ele começou a mordiscar meu pescoço! Meu ponto fraco!
— AIDAN SAI! – Disse sem muita convicção, até porque eu não sei qual mulher em sã consciência faria o que eu estou fazendo.
— Tudo bem! – Ele se afastou de mim sorrindo — Vou ter que ir resolver uns assuntos! Até logo Luci.
Ele se aproximou de mim e beijou meus lábios e os mordeu de leve, se afastou deu uma piscadela e saiu do quarto extremamente sorridente.
E eu fiquei ali... Parada... Sem ação... E com sentimento de frustração... E excitação... Excitação? Cara olha o que eu estou pensando... Eu não devia pensar assim!
Porque ele não continuou?
Cara eu queria que ele tivesse continuado?
Não... Claro que não...
Tudo bem eu não estou enganando a ninguém com essa conversa! Nem eu mesma!Eu queria sim... Isso não vai dar certo!