domingo, 20 de março de 2011

Não Foi Apenas Um Sonho '4'




Quem era ele?

O que ele quer comigo?

Porque eu?

O que vai ser da minha vida?

Será ele um psicopata?

O que ele vai fazer comigo?

Essas eram as perguntas que assolavam minha mente no momento, mas eu sei que nenhuma delas iria ter respostas no momento.
Comecei a olhar a minha volta e refletir o que me aconteceu nessas ultimas horas e percebi que ainda estava com aquele vestido ainda meio molhado, levantei-me de onde estava sentada e comecei a caminhar pelo quarto onde me encontrava. Era um lugar bonito e muito sofisticado, tinha uma decoração vitoriana que me agradou bastante, e só pelo modo que o quarto era decorado deduzi que o resto da casa seria igual ou até melhor que o quarto em que estava.
Resolvi sair novamente, empurrei a porta com receio de estar fechada, pois tentei escapar horas a traz, mas não estava então comecei a caminhar pelo corredor quando ouvi a voz dele novamente.
— Luci venha até aqui – Sempre aquele tom calmo assustador.
Tentei virar e sair correndo, mas não pude... Me esforcei de todas as formas mas minhas pernas não se moviam, puxei-me pela parede meu tronco se inclinou mas meus pés não saiam do chão
— Luci você só vai se mover se for vir até a mim.
Fiquei nervosa e o respondi
— Não vou até ai! Não quero olhar pra você! – estou sendo muito rebelde pra alguém que pode estar diante de um psicopata.
— Porque você esta tão nervosa? Não há motivos para isso... Eu só peço que você venha até meu quarto para nós conversarmos, você sabe onde é ele, está ouvindo a direção que minha voz esta sendo emitida...
— JÁ DISSE QUE NÃO VOU! – Gritei para ele. Eu já estava com tanta raiva que sentia minhas bochechas tremerem, ele conseguia me fazer ficar descontrolada muito fácil. — Se da ultima vez que você estava conversando comigo você me beijou a força... Vai saber o que vai fazer agora.
— Eu vou ter que ir buscar você? – O seu tom era gélido.
— Você não vai encostar em mim! – Afirmei apesar de saber que ele iria sim.
— Como? – Ele me perguntou colocando a cabeça para fora do quarto onde se encontrava. E me arrependi na hora em que seu olhar encontrou o meu, no seu olhar estava nítido que ele estava nervoso e não gostava de ser contrariado. E mais uma vez eu fiquei com muito medo, só então eu percebi o que estava fazendo, eu não conhecia o homem a minha frente, não sabia que tipo de reações ele teria ao me ouvir dizendo um não bem redondo na cara dele e o ofendendo.

Ele poderia me matar!

Senti meu rosto ficando gelado, tenho certeza que fiquei pálida e continuei o fitando com um medo crescente no coração, com varias especulações invadindo a minha mente. Ele veio caminhando em minha direção e parou a minha frente, eu baixei a cabeça instantaneamente, mas ele puxou meu queixo com o dedo até que os nossos olhares se encontrassem.
— Não me provoque, até agora eu aguentei suas atitudes mimadas. Já disse que daqui você não vai sair nem tão cedo... Pra você entender melhor vou colocar de uma forma que você compreenda... AGORA VOCÊ É MINHA! Entendeu agora ou vou precisar queimar você a ferro?
Balancei a cabeça em sinal de concordância.
— Vai me obedecer agora? – ele fez uma nova pergunta.
Assenti de novo.
— Não vai mais me contrariar? – ele buscava me fazer concordar com ele de todas as formas possíveis.
Eu já tinha concordado com tudo com a frase “ou eu vou precisar queimar você a ferro”
— Não, não vou! – Suspirei derrotada.
— Então vá ao seu quarto troque de roupa, pois essa ainda está molhada e venha aos meus aposentos para conversarmos! Vou te esperar e não demore muito. – ele deu ordens claras.
— Tudo bem! Com licença. – Me virei voltando ao meu quarto
No quarto encontrei uma muda de roupa limpa na ponta da cama. Peguei-a e fui em direção ao banheiro tomei um banho quente para tirar um pouco da tensão, ao sair do banho coloquei a roupa que me foi indicada, era uma calça jeans escura e simples e uma camiseta do Metallica, ate parece que ele sabia do que eu gostava... Mas enfim me direcionei ao quarto dele, quando parei em frente à porta do quarto o receio tomou conta de mim, mas mesmo assim bati a porta do quarto.
— Entre Luci.