sexta-feira, 18 de março de 2011

Não Foi Apenas Um Sonho '3'




Estávamos no quarto em que eu tinha acordado, ele me fez sentar sobre a cama e sentou ao meu lado, ele me fitava com tanta intensidade que eu não conseguia sustentar seu olhar, e além do medo que estava sentindo comecei a sentir vergonha também.
— Por favor, não me olhe dessa maneira. – Disse encabulada.
— Desculpe! Bom, não me apresentei formalmente a você, meu nome é Aidan! – Ele disse com uma simpatia extrema que me dava medo!

MEDO!

Agora é tanto uma palavra quanto um sentimento constante na minha vida, era estranho sentir isso, pois até então eu tinha uma vida segura e feliz coisa que eu não posso mais falar que tenho!
— Diga-me Luci, você está feliz? Sente-se segura ao meu lado? – Ele me disse levantando uma sobrancelha e eu fiquei confusa, será que ele podia saber o que se passava em minha mente? E como ele sabia o meu nome?
— Como você sabe o meu nome? – Eu estava perplexa.
— Pode parecer arrogância da minha parte, mas eu sei de tudo. Não se assuste só não posso ler sua mente, mas sou bom e ler expressões faciais. – Ele ergueu uma sobrancelha.
— Ah... Tudo bem, eu não me sinto feliz nem segura ao seu lado, só sinto um constante medo! Afinal o que você quer comigo? – Joguei na cara dele, mas ao que parece ele não foi nenhum pouco afetado pelo que eu disse.
— Fique calma, espero que seus sentimentos em relação a mim mudem – o rosto dele estava repleto de tédio — E você vai saber o que eu quero sim, mas não agora! Tudo ao seu tempo. – Ele me respondeu.
— Mas o que eu fiz? Porque eu? – Insisti.
— Você faz perguntas de mais! Eu não posso lhe responder nenhuma delas agora. Sinto muito! – ele me cortou.
Olhei pra ele com certa desconfiança pensando coisas nada "legais" que ele poderia querer comigo para ter que me sequestrar e me prender desse jeito. E se esse cara for um maníaco estuprador esquartejador? O que eu vou fazer sendo que mal falar eu consigo perto dele? Como vou me proteger? Eu continuava o encarando e ele por sua vez riu da minha cara.
— Não precisa se preocupar, não farei nada que você não queira. – E sorriu pra mim.
Senti minhas bochechas queimarem e com toda certeza eu fiquei completamente vermelha, pois seu sorriso só aumentou.
— Não fique constrangida, eu não disse nada de mais Luci... – ele continuou só para me provocar.
— Eu não disse que você falou nada e nem pensei nada... – Tentei parecer indiferente, mas como sempre eu estou com a impressão de que não funcionou como eu esperava!
— Não disse que você tinha pensado... Mas se está falando foi porque pensou. – Seu sorriso se mantinha ali inabalável me fazendo ter vontade de arrancar os lábios dele fora para que ele nunca mais pudesse sorrir e seu tom de voz ficou carregado de malícia. Isso só aumentou a sensação do meu rosto queimando!
— Para com isso! – Reclamei.
— Com o que Luci? Não estamos fazendo nada... Ainda... – a sobrancelha dele ergueu.
Ai que ódio!
Ele sé aproximou de mim encostando nossos narizes sem perder o contato visual, eu não conseguia me mover, ele ficou assim por uns momentos e do nada ele encostou os lábios nos meus, tentei o empurrar, mas foi em vão minhas mãos fizeram força contra o seu peitoral, mas não causavam nenhum efeito, então ele sorriu com os lábios ainda colados nos meus e depois se levantou da cama.
Eu queria brigar!
Bater nele com um taco de baseball de aço inoxidável porque apenas com as mãos não seria o suficiente, estava tomada pela raiva, mas não conseguia me mover porque ainda estava em choque.
— Até mais tarde Luci, agora descanse. – Ele ordenou.
Ele saiu do quarto me deixando com ódio no coração e uma cabeça cheia de duvidas e medos



CONTINUA...