sexta-feira, 13 de abril de 2012

Black Letter =5=


Nós procuramos por eles durante algum tempo e nada. Começamos a ficar preocupados o que será que aconteceu com os dois? Mandei uma mensagem para Luci perguntando onde ela estava.
Mas ela não me respondia.
— Sam ela não me responde... Que horas são? – Eu já estava ficando desesperada.
— Oito e meia. Não temos muito tempo! – Ele me fez apressar o passo
— Eu sei
Continuamos a correr por um bom e avistamos o palco no centro da praça.
Luci e Iam já estavam lá.
— Luci... – Gritei me aproximando —... Por que não me respondeu?
— Respondeu o que mulher? – A cara de duvida dela me mostrava que ela não sabia do que eu estava falando.
— Te mandei uma mensagem. – Falei pra ela.
Luci olhou no celular.
—Não chegou nada... Até porque está sem sinal. – Ela franziu o cenho.
— Temos um problema. – Entrei logo no assunto.
— Como assim Megan? – Luci me perguntou.
— Lucia não fala! Só me escuta e você Iam presta atenção também... - Contei da Cigana, da carta e expliquei que não tínhamos muito tempo... Mas ela fazia uma cara de quem não estava acreditando muito... — Lucia sabe quando a gente colocou fogo no armário da Elizabeth na escola?
— Pera um pouco você colocou fogo em um armário de alguém? – Sam me cortou.
—Sam não temos tempo! – Rebati.
— Lembro! – Luci me respondeu rindo um pouco com da lembrança.
— Lembra que eu disse que não tinha um bom pressentimento? E que achava que alguém levaria a culpa no nosso lugar e realmente aconteceu? To sentindo a mesma coisa.
— Mas isso é meio absurdo Meg... – Ela disse.
— Você confia em mim? – Resolvi apelar — Quantas vezes eu tirei a gente de confusões?
—  Okay... Mais uma confusão para o nosso histórico. – Ela riu.
— Sam você vai me ajudar? - Perguntei
—Vou ficar ao seu lado. – Ele me disse num tom firme.
Todos nós olhamos pro Iam.
— Tudo bem to dentro... Vamos morrer mesmo. – Iam riu.
—Seu humor é ótimo cara – Eu dei uma risada melancólica — Alguém me diz que horas são?
—Sou muito engraçado – Ele riu um pouco — E são quinze para as nove. – Iam me falou
Vi uma papelaria aberta corri até lá e tirei uma xerox da carta e do anexo e voltei correndo.
—Prestem atenção! Iam e Luci vão atrás da Madre e do Diretor do McCoy e pesam ajuda... Deem a carta original e avisem as autoridades locais precisamos de apoio para tirar o maior numero de pessoas daqui. Eu e o Sam vamos procurar indícios das bombas e tentar desarma-las. Se nós realmente acharmos uma mandamos fotos pra vocês pelo celular. Iam seu celular é android*? – Ele balançou a cabeça concordando — Ótimo da pra enviar pra você mesmo sem sinal! Entenderam?
Todos concordaram.
— Mais uma coisa... – Todos me olharam — Fiquem vivos!
Viramos de costa e cada um seguiu para um lado.
Eu e Sam corríamos para perto de onde estavam os fogos de artifício procurando algo semelhante às bombas.
Os desenhos que tinha naquele anexo pareciam de mini-zepelins com a bandeira americana desenhada... E coisas do tipo era o que mais tinha por ali. No anexo também diziam que alguns deles seriam falsos para ninguém identificar... Mas as verdadeiras teria uma pequena peça diferente que causaria explosões...
— Megan... Olha aqui... – Sam me chamou.
Cheguei perto dele e vi que ali tinha uma bomba verdadeira. Peguei meu celular e imediatamente mandei uma foto pra Iam que já tinha me mando uma mensagem via Hey Tell* dizendo que eles tinham achado os diretores e estavam a caminho das autoridades.
—Sam nós precisamos desarmar isso... – Disse em desespero.
— Eu sei mais andei lendo os papeis e é meio complicado, mas acho que eu consigo. – Ele me olhou tentando passar confiança.
Ele pegou a bomba com cuidado e lendo o papel começou um processo complicado, conforme ele ia desmontando ele ia me explicando o que fazer pra quando eu for desmontar uma já saber o que fazer. Ele foi cortando alguns fios e retirando algumas peças até que tirou um fino tubo azul de dentro de uma base estranha que soltava uma fumaça.
— Meg... Você tem que tirar esse tubo! Se conseguir fazer isso você desarma. – Ele olhava dentro dos meus olhos. – Balancei a cabeça concordando. — Que horas são? – Ele me perguntou.
— São nove e quinze. – Respondi
— Tudo bem. – Ele respirou fundo.
Ele levantou e ficamos nos encarando. Quando eu ia procurar outra bomba ele me puxar a minha mão me fazendo ficar perto dele. Ele levantou meu queixo na direção do rosto dele.
— Meg foi uma prazer te conhecer hoje! Se sobrevivermos eu quero que você me de a oportunidade de ficar junto com você. – Os olhos castanhos dele me fitavam firmemente e eu senti meu rosto corando. — Promete que vai deixar?
Desviei o olhar por um segundo pensando.
— Tudo bem Sam eu prometo! – Disse dando um sorriso tímido e ao mesmo tempo triste.Ele abaixou o rosto na minha direção e me deu um selinho me soltando em seguida.
— Vamos... – Ele disse sério — Temos trabalho a fazer mocinha! E agora eu tenho um motivo pra querer ficar vivo então sem enrrolação, por favor.
Eu dei risada e fui procurar por mais bombas. Não podíamos mais perder tempo já era nove e vinte. Musica tocava alta, pessoas riam ao nosso redor e alguns fogos já estavam pipocando no céu.
Eu estava ficando assustada.
Achei mais três bombas no momento em que uma explosão rompeu o céu estralado.





N/a: *Android é um sistema operacional 
*Hey Tell é um aplicativo de enviar mensagens de áudio para outro celular android via wi-fi, quase igual ao Nextel só que sem o barulho idiota!