sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Through The Window cap. 4


Olhei para cima e vi que o céu já estava ficando escuro... Estava anoitecendo é nós dois continuávamos naquele chove num molha pra descobrir quem é quem e os seus hábitos e costumes, e blá, blá, blá...
Eu estava desconfiando que ele era office boy coisa nenhuma.
QUE OFFICE BOY QUE TEM UM CARRO A DISPOSIÇÃO PRA TE AJUDAR A SEQUESTRAR MENINAS INOCENTES?
Tudo bem... Posso não ser inocente e nem feminina, mas sou uma menina!
Bom estava na hora de avisar que estava anoitecendo não é?
— Bom Gabe ta anoitecendo! – disse para ele olhando em volta.
— O que é que tem? – ele me perguntou com toda calma...
— Como assim o que é que tem? Não vou voltar pra casa não? – perguntei rindo.
— Não! – ele sorria para mim.
Como? Eu to ficando doida? Eu entendi mal... Qual é?
— Pera ai não entendi... Você mesmo disse que não era serial killer. – falei pra ele tentando manter meu tom de voz leve.
— E não sou, não vou matar você, mas você não vai voltar para casa... Não agora - Ele olhava pra mim com toda a serenidade do mundo.
Fiquei olhando incrédula para ele... – COMO ASSIM EU NÃO VOU PARA CASA? – To me controlando para não ter um ataque histérico... E se ele for um estuprador... – Um lindo estuprador por sinal... – Eu não queria que terminasse assim.
— E minha mãe? Como ela fica?
— Pra ela você está na casa de uma amiga fazendo trabalho. – ele me respondeu.
— Como? – eu perguntei incrédula.
Ao que me parece ele pensou em tudo. Será que ele estava planejando isso a muito tempo?
— É isso que você ouviu! – ele mantinha aquele tom neutro.
— E depois você é office boy né? – perguntei – Tem certeza que não é um maníaco?
— Sou office boy da empresa do meu pai por esporte.
— Aaaahhhhh viiiiiiaaaadddoooo. Quando eu ia ficar sabendo que você é "boyzinho"? – certo ele consegui tirar meu foco.
— Exatamente por isso que eu não disse. Por acaso você achou que eu era "boyzinho" durante a nossa conversa? – Ele me questionou.
— Não. – respondi sincera. —Tá desculpa ai...
— Tudo bem.
— Mas nós vamos fazer o que aqui de noite? – minha aceitação de fatos hoje está um absurdo.
— Aqui nada... Vamos.
Ele levantou e me puxou pelo braço
— De novo? – Ele sorriu e fez que sim com a cabeça, é saiu me arrastando feito uma boneca de trapos.
— Você não enjoa de me levar de um lado pelo outro não? – perguntei enquanto era arrastada.
— Nem um pouco. É legal ter o controle sobre você. – me senti uma mulher das cavernas agora, enquanto ele sorria nitidamente se divertindo.
— Que bom que eu estou te divertindo. – Fiz uma cara irônica.
— Relaxa que você nem começou a fazer isso de verdade... AINDA...
—AI MEU DEUS O QUE VOCÊ VAI FAZER COMIGO? – perguntei meio histérica. — Você é um maníaco... – Sussurrei e ele ouviu e riu.
— Nada que você não queira e não goste. – Ele passava pela estradinha de terra como se fizesse isso com frequência durante a noite.
— Isso me deixa tão despreocupada. – respondi com ironia.
— Que bom. Vamos logo, você está andando muito devagar.
— Desculpe senhor.
Ele riu e continuou me puxando por um bom tempo até que chegamos no carro novamente
— Entra. – ele disse me olhando.
— Sim senhor! – falei fazendo bico.
— Vai ficar me chamando de senhor? – ele perguntou dando um sorriso torto.
— Se o senhor não quiser. Senhor. – continuei ironizando.
Vi a maldade passando em seus olhos.
— Ta parei, Gabe aonde nós vamos? – Mudei de assunto.
— Para de ficar perguntando, você sabe que eu não vou falar nada. – ele me disse aquilo como se fosse obvio.
Se bem que era um pouco.
— Tudo bem. – Aceitei e fiquei quieta.
Entrei no carro e ele entrou em seguida. O carro entrou em movimento, lá vamos nós pro desconhecido novamente. Tudo bem fazer o que não é?


Continua...