quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Through The Window cap. 1


Prólogo:

"Como sempre estava na minha carteira da escola esperando a hora passar olhando através da janela, na rua sempre passavam pessoas com pressa sem olhar para os lados, mas um dia a duas semas atrás passou um garoto totalmente diferente das pessoas que ali passavam, ele sempre estava com fones nos ouvidos andando mais devagar que os outros olhando fixamente para o nada, ele era estranho... mas para mim ele ela 'estranhamente fofo' o que para mim isso já era o bastante"

[Cáp. 1]
Estava na hora dele passar, mas até agora nada... Isso me deixou decepcionada, mas não tenho que reclamar ele não é nada meu e nem sequer sabe que eu existo. O que é normal, quase ninguém sabe que eu existo, sou vista como a estranha... Não antissocial, mas ainda sim pessoas tem medo de se aproximar só porque tenho um estilo diferente não sou gótica, mas gosto de um rock pesado, me visto de preto, camisetas, agasalhos largos de banda com a touca do blusão escondendo meu corte repicado – m as isso nem sempre porque gosto do meu cabelo, uma das poucas coisas que gosto em mim – olhei no meu relógio...
MARAVILHA.
Já são meio dia e vinte. Hora de ir para o shopping comer alguma coisa e ir para meu curso. Joguei meus pertences na minha mochila pesada desci as escadas correndo para encontrar minhas amigas para nós irmos juntas até o shopping
— Vamos? – elas já estavam a minha espera.
— Demorou hein! – Disse Joanna.
— Estava brisando. – Respondi rindo.
— Fala a novidade... – Disse clara uma outra amiga.
— Ah qual é Clara não faço isso direto... Faço?
— Sim você faz senhorita Alice - Me respondeu Ana
— A meninas parem de zoar a Alice... Ela estava observando o "estranho fofo" – Disse o ultimo elemento do bando chegando – Abraço coletivo no Marco meninas...
Fizemos uma roda e abraçamos o único menino que andava com agente. O nosso "gostosão".
— Vamos povo se não vou chegar atrasada...
— Falou à menina que chegou primeiro aqui em baixo. – Ana disse rindo
— Vamos meninas me amem e andem...
Nós caminhamos rápido, dando voltas para chegar ao shopping então nos despedimos e fui em direção a praça de alimentação para almoçar... Hoje iria comer comida chinesa.
Depois que comi fui caminhando em direção ao curso, estava andando de vagar, pois comer me deixa sono e má disposição, mas enfim. Eu esta ouvindo You Know I'm No Good na versão Acrtic Monkeys enquanto olhava para as nuvens com formato de sorvete quando senti um forte puxão no braço me arrastando para algum lugar...
—ME SOLTA! – Falei ríspida.
Quando ia gritar por ajuda, a pessoa me virou de frente e me olhou nos olhos e disse com uma voz muito grave.
— Não precisa gritar... Só quero conversar... É sério...
Olhando naqueles olhos azuis do garoto loiro que segurava meu braço não tive como negar. Por dentro estava rindo de meus pensamentos nada puritanos afinal aquele era o “MEU GAROTO” e por fora estava vermelha e desconfiada... Acho que sou bipolar e tenho mais de duas personalidades...
— E se eu não quiser? – Tentei argumentar teimosa.
— Você quer sim, se não, não ficaria me olhando passar todos os dias pela janela da sua escola.
— Touché... – Respondi derrotada.
Tá agora to morrendo de curiosidade... Como ele sabe que fico olhado?... Ele nunca olha para os lados!
— Conversa comigo? – Ele perguntou;
— Tudo bem... Mas não posso demorar tenho curso... – Respondi calma
— Hoje você não vai! – Ele disse autoritário.
— Como não vou? – Questionei.
— Como NÃO INDO! – Ele disse demonstrando impaciência.
— Qual é você nem me conhece e já chega "todo pá" pro meu lado... – Reclamei.
— Você VEM COMIGO e ponto! – Ele disse sem paciência
Havia muita firmeza em sua voz e eu vacilei diante de seu olhar penetrante, ele percebendo meu lapso momentâneo me puxou pela mão caminhando veloz entre a multidão de pessoas ao nosso redor, ele era muito forte pra eu conseguir escapar e outra tinha acabado de almoçar estava absurdamente mole para me esforçar, então aceitei e segui com ele tentando acompanhar seu ritmo acelerado... SIM EU SEI... Loucura da minha parte sair andando com um estranho qualquer pela rua... Mas não tive muita escolha... Ou tive?


Continua...