sábado, 9 de abril de 2011

Não Foi Apenas Um Sonho '9'



Nós passamos a noite inteira namorando, foi muito romântico... Eu achei que nunca mais teria um tempo assim com ninguém.
Mas como um dia todos temos que voltar a realidade eu lembrei que eu não dava noticias a minha família e meus amigos faz algum tempo, então resolvi ligar pra minha mãe para dar noticias (é gente eu tenho mãe) já que ela não mora aqui em Londres, ela mora na França, então se eu fico um mês sem dar noticias ela surta e já fazem duas semanas to quase lá.
Bom liguei pra minhas amigas e contei tudo desde o dia que conheci Aidan (lógico que eu mudei algumas partes e omiti outras) elas ficaram loucas para conhecer o meu "homem perfeito". Já minha mãe ficou preocupada e falou que queria conhecer o Aidan, e que era pra apresentar ele para a minha família, e blá, blá, blá. Bom eu tinha que conversar com Aidan, ia esperar ele chegar em casa, pois eu não tinha ido trabalhar por que era meu dia de folga. E hoje ele chegou tarde, mas mesmo assim tinha que falar com ele.
— Aidan eu preciso falar com você – disse quando estava chegando perto dele.
— Pode falar Luci. – Ele me respondeu com um lindo sorriso e me puxou para um beijo.
— Bom é que hoje eu conversei com a minha mãe e ela quer que eu apresente você para a família... Sabe como é – eu disse sem graça porque afinal nunca oficializamos nada.
— Tudo bem Luci, eu sei como é sua mãe, eu te observo desde que nasceu – disse ele rindo — Ela é meio histérica...
— Não entendi Aidan... Como... – desde que eu nasci?
— Demônio amor... Demônio! – ele piscou pra mim.
— Ah... É verdade... Mas e então você... – às vezes eu me esqueço disso, mas ele já me deu provas o suficiente da sua força demoníaca.
— Assim que der Nós vamos à França ok. – ele me respondeu calmo.
— Tudo bem, obrigado Aidan! – sorri realmente feliz com isso
— Não precisa agradece agora você é minha eu tenho que cuidar! – ele foi até o sofá e se sentou me olhando enquanto eu pegava um livro na estante.
— Que história é essa de “minha”? Que sentimento de posse é esse? – perguntei.
— Você vai querer me contestar? – ele disse cruzando as pernas no sofá do e me olhando nos meus olhos do jeito que eu mais acho sexy... Aquilo foi golpe baixo.
— Não, não vou! Não adianta eu tentar... – eu fui até a poltrona e sentei que nem índio com as pernas cruzadas abrindo o livro.
— Ainda bem que você sabe! – ele levantou e veio em minha direção se empoleirando atrás de mim na poltrona me abraçou e sussurrando no meu ouvido
— Dorme comigo hoje? – ele perguntou num tom rouco e sedutor
— Aidan eu já disse que não sei se eu estou... – eu comecei a responder.
— Só dormir mesmo – ele disse me interrompendo fazendo voz manhosa.
— Aidan... Não. – ele se afastou um pouco e me fitou com aqueles olhos castanhos que parecem que perfuram a minha alma
— O que você disse? – ele me sentou no colo dele de forma que me fitasse nos olhos.
—Eu disse não! – ele me olhou serio e enquanto me olhava uma onda de energia invadiu a sala e eu me senti pequena e fraca, um medo me tomou e eu fiquei muito assustada, eu sentia vontade de me encolher em um canto e ficar balançado sem parar, e o Aidan apenas me olhava de um modo que me deu medo, os olhos dele eram maldade pura, há muito tempo que eu não o via desse jeito. Seus olhos estavam em mim, mas ao mesmo tempo pareciam olhar além de mim Ele segurava meus pulsos com muita força e eu comecei a chorar sem barulho. — Aidan você esta me machucando. – minha voz saiu fraca, eu nem sei como consegui me pronunciar.
Ele percebendo o que fazia me soltou e me olhou como se sentisse culpado.
— Luci desculpe, eu não fiquei nervoso com você, e que infelizmente você estava muito perto na hora, eu preciso sair agora... Talvez eu possa te explicar depois... Mas entenda: Não. Foi. Com. Você – ele disse pausadamente como se isso ajudasse ficar gravado na minha mente — Me perdoe de verdade.
Então ele se levantou e desapareceu sem mais nem menos, me deixando completamente confusa e com medo, subi para meu quarto me troquei e deitei me escondendo nos cobertores.
Ele disse que não era comigo.
Mas eu fiquei com medo, será que vai ser sempre assim?