quarta-feira, 30 de abril de 2014

Nobody Need Know



— Não mãe eu não quero ir – eu disse reclamando mais uma vez.

— Mas você vai! – ela me respondeu sem rodeios

— Mãe a senhora sabe que eu não levo jeito NENHUM com crianças. – eu disse desesperada.

— Isso é coisa da sua cabeça menina, as crianças adoram você!

— Não mãe, não mesmo!

— Mas não quero saber! Eu e seu pai vamos a esse jantar com nossos futuros sócios e você que é uma ótima menina vai ficar cuidando do filhos dele. Bom eles disseram que é só pra você fazer companhia para ele não disse necessariamente “cuidar”

— Mas a senhora não disse que eles tem 3 filhos? – eu perguntei

— A filha e um dos filhos não estarão em casa. – ela disse. Pelo jeito essas crianças tem mais vida social que eu! — Agora vamos que seu pai já nos chamou!

—Ta bom, já que eu não tenho escolha mesmo.

Eu peguei minha mochila e meu moletom do Misfits e segui minha mãe para a garagem entrando no carro silenciosamente, então pegamos a estrada. Pelo visto esse casal mora meio afastado do centro. Depois de uma meia hora chegamos em um casa grande, meu pai fez uma ligação segundos depois nós passamos pelo portão parando em frente a posta da casa e eu estava para fora do carro, o casal amigo dos meus pais ocupavam o lugar onde eu estava anteriormente e uma senhora sorridente me dizia.

”Não se preocupe, ele não vai de dar trabalho nenhum, provavelmente ele está dormindo agora. Fique a vontade tem comida na geladeira. Até mais querida.”

Então o carro partiu...


Eu entrei na casa um tanto apreensiva, e fui direto pra sala e liguei a TV, o garoto estava dormindo então vou assistir alguma coisa, passei rapidamente pelos canais e vi que estava passando The Big Bang Theory, Sheldon estava numa piscina de bolinhas mergulhando e falando “Bazinga” sendo perseguido por Leonard e eu tentava não rir muito alto, eu segurava a minha boca com as duas mãos para não fazer barulho pra não acordar a criança.

— Esse episódio é um dos melhores. – uma voz grave disse atrás de mim me fazendo pular do sofá e olhar pra trás. — Desculpa não queria te assustar, só desci pra pegar água. – um rapaz mais ou menos da minha idade sem camisa estava parado na minha frente, com um sorriso gengival mais lindo que eu já vi.

— Oi... É... Desculpe acho perdi alguma coisa... Você é? – eu perguntei sem graça. Eu estava morrendo de vergonha e sentia meu rosto quente, provavelmente eu estou vermelha.

— Eu sou Bang YongGuk prazer. – ele estendeu a mão pra mim e eu apertei querendo que um buraco na terra me engolisse naquele momento. A mão dele era bem maior que a minha e estava quente contrastando com a minha gelada — Você deve ser a filha dos amigos dos meus pais.

— Sarah Aoi Mayumi – eu disse sem jeito — Desculpa pela reação eu só não esperava... – um cara gato assim — Uma pessoa já grande.

— Meus pais deram a impressão de que eu era uma criança não é? – ele perguntou sentando-se ao meu lado no sofá.

Meu deus eu vou morrer.

— Pensando bem nunca disseram exatamente que você era uma criança, mas pela conversa eu deduzi... – ele riu.

— Normal, muitos amigos deles acham que tem crianças na casa pelo modo que eles falam, mas só tem adultos aqui. Minha irmã mais velha que saio com as amigas e o meu gêmeo que saiu com a namorada. – meu deus tem dois desse homem pelo mundo. — Ai eu fiquei sozinho, bom... agora não mais.

Se ele não parar de sorrir assim logo, logo ele vai, por que no mínimo eu vou morrer! Ele podia colocar uma blusa.

— Fui eu que te acordei? – eu perguntei vendo o Sheldon falando algo sobre coito com a Penny o que me deixou corada. — Com as minhas risadas?

— Não, não... Eu estava acordado já, só não queria descer...

— Mas não precisa ficar aqui – eu disse me agitando — Não quero te incomodar... E-eu...

— Se acalma – ele riu — Agora minha cama meio que perdeu a graça.

Minhas mãos caíram flácidas sobre meu colo. O que ele quis dizer com isso?

Acho que ele ta falando do Sheldon!

— Quantos anos você tem Sarah? – ele me perguntou.

— Vinte, e você?

— Vinte quatro, sou só um pouco mais velho! – ele podia mesmo parar com esse sorriso. To ficando sem fôlego assim... Oi?

— Só um pouquinho – eu continuei olhando a TV até perceber que Howard estava usando um robô para coisas nada decentes e eu fiquei completamente vermelha.

— Mas só ta passando os episódios mais absurdos hoje. – ele riu e estendeu o braço no apoio do sofá, ou seja, ele tava com os braços próximo aos meus ombros e eu estou imóvel no sofá, nem ouso a me mexer.

— Sarah ta tudo bem? – ele se aproximou de mim — Você está meio vermelha...

O rosto dele estava a centímetros do meu, eu prendi um pouco o fôlego e eu acho que depois disso ele percebeu que eu não estava nervosa por estar assistindo e sim pela a presença dele. Minha vontade era de agarra-lo, mas eu estou fazendo uma força danada pra isso.

— Desculpe. – ele disse se afastando — Não foi a minha intenção de constranger.

— Não... que isso, eu.. e-eu só não to acostumada a ficar tão próxima de alguém bonito assim e... – eu parei de falar quando percebi a cagada que eu estava fazendo. Ele sorriu para mim.

— Obrigada. – ele corou um pouco e se levantou — Bom acho que vou subir.

NÃO! Não cara fica aqui, por favor!

— Tudo bem, não precisa se incomodar comigo – essas foram as palavras que saíram da minha boca. Mas eu continuava implorando mentalmente para que ele ficasse

Ele foi subindo as escadas, mas parou virou-se para mim — Qualquer coisa é só me chamar. – e em seguida se foi.

Depois disso ele desceu mais umas três vezes, uma ele falou comigo e as outras ele veio só até a ponta da escada ficou me observando um tempo e subiu de novo, a minha vontade era chamar ele pra ficar aqui comigo, conversando ou fazendo coisas mais interessantes, mas coragem que é bom estava me faltando.

Comecei a ver um filme de terror ai que tava passando, quando do nada as luzes piscaram e eu me assustei e acabei soltando um gritinho que não me orgulho!

— Ta tudo bem? – ele veio descendo as escadas rápido.

— Sim, eu acho, foi só um sust... – quando eu estava terminado de falar um raio caiu lá fora, que me fez pular na direção dele, que me segurou bem na hora em que as luzes se apagaram. — Desculpa eu disse apoiada nele.

— Não tem problema – eu senti a vibração da fala no peitoral nu dele. – Ai. Meu. Deus! — Eu estava pensando um jeito de fazer isso mesmo.

Oi?

— Ãh? – quando eu levantei a cabeça para tentar olha-lo ele abaixou a cabeça e selou nossos lábios, eu ia tentar protestar, mas não é todo dia que se tem essa sorte né?

Ele apertou minha cintura e eu fiquei na ponta dos pés e entrelacei meus dedos nos cabelos da nuca dele, ele aprofundou o beijo me levando todo ar, ele explorava cada canto da minha boca sem nenhuma cerimônia, seu aperto forte era a única coisa que me sustentava, pois minhas pernas estavam bambas. Então ele me levantou no colo e sentou-se no sofá fazendo-me sentar encaixada nele, senti meu corpo esquentar então passei minhas mãos sobre o abdômen definido dele fazendo-o respirar fundo, mas ele não interrompeu seus beijos, ele segurou firme meu cabelo e nos rolou no sofá ficando por cima de mim, ele era pesado, mas eu não importei nenhum pouco, ele parou de me beijar só um pouco para observar minha reação, e eu fiquei corada na hora, ele estava sorrindo mordendo o lábio inferior, mas segundos depois sua boca estava sobre a minha novamente. Era apenas ele e eu, contato de pele e bocas e mais nada, nenhum pensamento puro sequer passa por nossas mentes naquela hora em que as mãos dele exploravam meu corpo e as minhas o dele, eu já podia sentir a sua excitação por cima da calça enquanto ele pressionava o seu quadril ao meu, então nessa hora nós ouvimos o barulho dos portões se abrindo.

— Droga – ele disse e eu soltei um muxoxo em reclamação

Com relutância ele partiu o beijo e saiu de cima de mim.

— Me passa seu telefone – ele disse com um tom apressado na voz me passando um bloquinho de folhas que estava na mesinha e uma caneta, e enquanto eu anotava ele prendeu meu cabelo em um nó e arrumou as minhas roupas amassadas como pode. — Eu vou te procurar, você não vai se livrar de mim! E ninguém precisa saber disso! – ele sorriu mordendo o lábio inferior de novo... — Não agora! – ele me deu um selinho rápido e voou escada acima me deixando sentada no sofá atônita quando a chave girou na fechadura.

— Vocês não querem entrar a mãe do Bang perguntou aos meus pais.

— Não não, só chame a Sarah por favor! – a mãe dele ia virar pra me chamar, mas eu estava ao lado dela.

— Muito obrigada pela hospitalidade – eu disse

— Imagina queriada... Nosso menino te deu trabalho?

— Não, ele só veio tomar água e depois subiu. –ah e depois a gente tava rolando no seu sofá.

— Que pena vocês nem conversaram... – ela disse, mas se soubesse...

— Eles terão oportunidade querida! – o marido dela disse. Ah pode ter certeza que sim.

— Foi um prazer. Até mais – eu disse e me virei pra entrar no carro dos meus pais. Onde era seguro e eu não tinha que responder meus sogros.

Eu ri da minha própria piada inútil.

Meia hora depois eu estava entrando em casa quase correndo para o meu quarto.

— Tudo bem querida? – minha mãe disse.

— Ta sim! – eu respondi meio área dando um beijo na bochecha dela e subi para o meu quarto.

Quando entrei lá peguei meu celular que tinha vibrado com um numero desconhecido na tela.

“Não se preocupe, já sei onde você mora.

Em breve apareço pra gente terminar a nossa conversa.

Boa noite Sarah

Sonhe comigo, porque eu sonharei com você”


Eu salvei o numero de telefone.


Pode ter certeza que vou sonhar com você Bang!

Acho que vou querer cuidar desse filho dos amigos dos meus pais mais vezes...

Afinal...

Ninguém precisa saber!