quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Danger Line #10


Paul's Pov:
Convoquei uma reunião com o conselho.
Temos que decidir se é seguro continuar a usar a Lana dessa forma, não acho isso certo e muito menos saudável já que quase morremos da ultima vez em que tentamos.
Claude ainda está fraco e Calardan machucado, eu só estou bem porque eu tenho os dons vampirescos que me ajudam a superar esse tipo de coisa.
Mas o pior não foi nem isso. O pior foi ver Lana sem controle do que estava fazendo, quase nos matando... Pra mim o problema não é morrer pois já estou morto. Ela não aguentaria levar esse tipo de culpa com ela.
Mas vamos ver o que o conselho decide.
E ali estavam sentados a minha frente os membros do conselho.
Era hora de descobrir o futuro dela.
 — Então monsieurs, o que decidimos a respeito da Lana? - Perguntei
— Decidimos que vamos prosseguir com isso. – Fred disse calmo. — Alguém tem que nós libertar disso.
— Mas não é certo usar uma criança de forma tão cruel. Ela está sem opções. – Kaylum rebateu.
— Mas ela é a garota que todas as profecias falam. E vai ser simples ela liberta o cara e agente fica livre para voltarmos aos nossos reinos em segurança. – Defendeu-se Fred
— Mas ninguém nos assegura de que libertar vamos poder retornar em segurança. Esse é um caminho perigoso. É uma linha tênue entre morte e destruição e a nossa liberdade. – Disse Calardan com sabedoria.
— Concordo com Calardan... – Claude tomou posse da palavra. — Nós não temos como saber da força dele. Se ele nos trouxe aqui e mantém a gente prisioneiro para cumprir suas vontades ainda cativo imaginem o que ele pode fazer se for liberto?
— Devemos admitir que nunca pensávamos nisso. – Fred franziu o cenho enquanto pensava.
— Errado meu amigo. Eu pensei! – Passei tempo demais observando e agora me sinto a vontade para colocar meu ponto de vista para eles. — Eu sempre pensei nisso, antes se ser o vampiro que vos fala, fui um alquimista e estudioso, não deixei de pensar em todas as possibilidades e sinto informar que acho que esta é uma missão suicida. Ao libertar ele vamos estar em um perigo eminente. Ou vocês acham que nossos ancestrais o prenderam sem motivo? Ele só causa destruição e como estamos à frente disso vamos morrer primeiro, ele não poupa ninguém. Só estamos colocando uma criança e o nosso povo em perigo porque fomos covardes no inicio e não recusamos a oferta dele. Se bem que não teríamos escolha. – Sorri pensando em Josette e como ela seria usada contra mim — Se nós não fizermos nada agora todos pereceremos. – Vi o olhar de todos sobre mim, e alguns ainda estavam meio incrédulos — Eu tenho como provar que estou falando sério monsieurs. Os registros archóticos estão comigo. Eu os roubei em nossa ultima visita a ele.
Vi o olhar espantados de todos eles recaindo sobre mim.
Dei uma leve risada.
— Você está louco Paul? Isso poderia nos levar a ruína. – Kaylum estava quase pulando por cima da mesa para me bater.
— Se não tivesse feito isso não teria confirmado minhas suspeitas de que todos vamos morrer. – Rebati em minha defesa. — Agora eu estou a par da maioria dos planos dele e sou o único que pode ler os registros.
— Como assim? – Perguntou-me Claude
— Quem escreveu os registros foram os ancestrais da vadia que me transformou e eles selaram com um feitiço de sangue os registros. Tenho o sangue dela em mim posso ler os registros.
— Certo, geralmente registros dessa magnitude são selados a sangue mesmo. – Claude pareceu desapontado.
— Então mousieurs o que me dizem? Vão me ajudar a parar ele ou vão se acovardar novamente? – Perguntei olhando nos olhos de cada um.
— Estou com você. Pelo meu povo. – Me respondeu Calardan
— Eu também estou com você. - Claude me respondeu calmo.
— Kaylum, Fred estão conosco? – Perguntei
— Eu estou. Pelo meu povo – Disse Kaylum.
— Pela minha raça – Disse Fred
— Bom acho que por hora a reunião está encerrada. – Falei soando cansado.
Em um piscar de olhos todos haviam sumido.
Fui para meus aposentos tomar um banho descansar. Estava precisando.
Paul's Pov off

 Lana's pov on:
Fiquei com minha família por um bom tempo, respondendo a todos os tipos de perguntas sobre Paul e eu...
Mas agora tinha conseguido escapar deles e estava indo em direção ao meu quarto quando do nada Josette apareceu e me levou para outro corredor.
— Lana como foi a sua primeira aula?
— Um desastre.
— Sinto muito.
— Não sinta quase matei todos que estavam lá, sou horrível. Aonde você esta me levando?
— Nunca te trouxe para cá?
— Não.
— Ô pardon, essa é a área dos quartos dos moradores da casa. Onde fica meu quarto o e o do mon frère.
— Ah tá, não precisa pedir perdão não.
Ela abriu uma porta e me puxou para dentro.
Era o quarto dela.
Totalmente lilas e com moveis vitorianos.
Era lindo.
Ela me puxou para sentar na cama com ela.
— Lana... – Ela me olhou parecendo aflita — Pardon por tudo que estamos fazendo a você. Eu não queria. Paul não quer também. – Seus olhos encheram de lagrimas. — Nunca teria coragem de machucar sa famille.
— Calma Josette eu sei. – Olhei para seu rosto aflito
— Merci por me ouvir, chérie. – Ela esboçou um sorriso triste - Vous estava indo descansar e eu te atrapalhei. Sabe voltar daqui?
— Sei sim pode ficar aqui eu vou sozinha.
Fiz um aceno de cabeça e sai do quarto dela. Olhei em volta e vi que havia uma porta entre aberta. Será que era o quarto de Paul? Eu queria falar com ele.
Eu fui me aproximando do quarto e vi que alguém se mexia lá dentro. Cheguei mais perto e pude ver que era Paul.
Ele estava só com uma toalha enrolada na cintura e seu cabelo estava molhado, senti meu rosto esquentar e estava virando para sair dali quando ouço uma risada abafada.
— Chérie não precisa ficar me espionando escondida, se quiser me ver nu é só pedir.
Continuei de costas e respondi.
— Foi um acidente, não estava te espionando só queria falar com você.
— Tem certeza que foi acidente?
Sua voz foi um sussurro no meu ouvido. Fiquei alarmada ele estava atrás de mim, sentia sua respiração no meu pescoço. Tinha que sair rápido daqui, aposto que ele sabe que eu estou vermelha, e que estou tensa. Ele pode sentir a temperatura do meu corpo e ver a tensão em meus músculos.
— Tenho sim eu estou indo já. Outra hora a gente se fala.
Comecei a andar, mas ele segurou meu pulso.
— Tem certeza que não queria me ver nu? – O tom de zombaria que ele usava estava me tirando do sério já.
Ele me virou de frente para ele e eu abaixei meu rosto fitando meus pés. Ao fazer isso pude ver sua toalha branca indo ao chão. Levantei o rosto exasperada e acabei tento uma visão completa de seu corpo.
Acho que virei um pimentão.
Puxei meu pulso virei e sai correndo dali ouvindo a sua risada a minhas costas.
Cheguei tão rápido ao meu quarto que quando menos percebi estava sentada na cama com meu bichinho de pelúcia.
Ele ia me pagar por isso.
Com certeza!