quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Through The Window - cap 7



Nós fomos para a cozinha, eu sabia que não iria dar certo, já tentei cozinhar outras vezes e não deu muito certo, "mas o grande Gabe!" quer me deixar mal por não ser uma moça prendada, tudo bem eu aceito isso... Eu acho...
— Vamos lá Alice animo, vai ser fácil. – Gabe me disse tentando me encorajar.
— Sei disso não... – respondi totalmente cética.
— Como você é pessimista não é. – ele reclamou.
— Não, eu só sei da minha realidade amigo. – respondi olhando as coisas que ele estava juntando para começar a minha tortura
— Não seja dura com você mesma. – ele disse calmo
— LOL não estou sendo dura, mas estou sendo realista homem do céu. – falei me concentrando no pior.
— Ok já que você está dizendo... – ele ria de mim na cara de pau.
Começamos os preparativos, e depois de me cortar três vezes acho q ele percebeu que eu realmente não levo jeito para cozinha
— Ok Alice... Vai fazer outra coisa... Antes que você acabe arrancando algum membro do seu corpo ou pior... Do meu – ele falou completamente chocado com a minha falta de habilidades na cozinha.
— Eu avisei...
Fui me sentar e fiquei observando a musculatura do corpo dele, tenho certeza que ele percebeu, mas não fez nenhum tipo de comentário, só continuou a fazer sei lá o que...
Comecei a mexer em uns papeis que estavam em cima da mesa, vi que alguns deles eram musicas em uma caligrafia nitidamente masculina, porém não era nem um pouco feia.
Analisei as letras e fiquei encantada com o que li... Ele é um ótimo compositor.
No que mais esse garoto é bom hein?
Mas também achei fotos dele com uma garota o que eu não gostei nem um pouco!
Espera aí eu estou com ciúmes de um cara que me sequestrou hoje de tarde?
Ao que me parece sim, mas eu me segurei... Afinal não era nada dele certo?
— Gabe já terminou to com fome. – reclamei analisando os cortes da minha mão.
— Folgada você né? – ele me encarava indignado.
— Não ué... Só estou com fome. – respondi.
— Ok, mas você é folgada sim.
— Te amo. – E mandei um beijinho no ar para ele.
Ele riu.
OK, POR QUE MERDA EU DISSE EU TE AMO? NÃO CONSUMI NADA ALCOOLICO OU ILÍCITO HOJE. E EU NEM FAÇO ESSAS COISAS!
DEVO ESTAR FICANDO MALUCA! É a explicação mais aceitável.
Ele ajeitou a mesa e fez sinal para que eu fosse me sentar ao seu lado. Ao me sentar me deparei com um prato extremamente bem feito e arrumado e ainda estava como uma cara ótima, restava saber se estava bom mesmo. Comi um pedaço. Droga esse garoto é perfeito?
Sim acho que é.
Ele ficou me encarando.
— O que foi? – perguntei.
— Nada, está gostoso? – ele parecia ansioso para saber minha opinião
— Com certeza. Onde aprendeu a cozinhar? – questionei olhando para meu prato mega decorado.
— Com a vida... – ele respondeu cortando um pedaço da panqueca dele.
— Ou com um chefe profissional? – insisti na conversa.
— Com os dois. – ele respondeu
Nós rimos e terminamos de comer.
— Agora você lava a louça Alice – ele me disse.
— Mas nem amarada, você fez uma grande sujeira ali.
— Mas você não me ajudou em nada. – ele disse.
— To com o dedo e a mão cortados. – mostrei pra ele os cortes.
— Vai fazer manha agora? – ele me encarava fixamente
— Vou, não quero lavar. – respondi.
— Mas vai lavar. – ele disse firme.
— Não vou não. - res
E joguei meu guardanapo nele e atingiu bem no meio da testa.
— AH MAIS AGORA VOCÊ VAI LAVAR COM CERTEZA.
— AHHHH GABE EU NÃO QUERO. — FICA QUIETA E VEM LOGO.
Ele levantou da cadeira e me agarrou pela cintura me arrastando ate a cozinha.
— Gabe não.
— Gabe sim, vai lavar sim senhora.
Ele me colocou em frente a pia e uma montanha de louça.
— Gabe... – fiz voz de choro
— Nem vem.
Ele abriu a torneira e me molhou inteira
— GABRIEL EU NÃO ACREDITO NISSO.
Ele ria sem parar da minha cara de raiva e isso estava me irritando muito. Peguei um copo de suco que estava perto e joguei nele
— Alice... Vou ter que tomar outro banho agora.
— Que seja, não é você que vai voltar todo molhado para casa.
— E quem disse que você vai voltar para casa?
— Para de brincadeira.
— Não estou brincando


Continua...