Ou não...
Quando a coisa estava começando a fluir recebi
uma mensagem psíquica de Angeline a mãe da Luci do tipo:
"Não Toque A Minha Filhinha"
Então eu fui obrigado a sair de cima de Luci e ela ficou me
encarando.
— Luci não quero te forçar a nada. – mentira mais deslavada
a minha, passei as duas ultimas semanas tentando...
— Mas você não estava me forçando. – ela me encarava
frustrada. Obrigada Angeline! Hoje que ela quer, você me impede!
— Luci eu estava sim! Estava te controlando e uma forma mais
sutil, mas eu estava... Eu te mantive ocupada pra você não perceber. Perdoe-me!
– não acredito que eu estou falando uma bobagem dessas. Eu ainda vou conseguir
pegar essa garota sem interrupções eu passei as mãos pelo cabelo de forma
angustiada.
— Tudo bem Aidan – ela
se levantou da cama – Não sei onde estava com a cabeça...
Ela começou a ir andando pelo quarto em direção à porta.
— Onde você pensa que vai?
Luci
E mais uma
vez minha vontade foi sair correndo de perto dele. Ele me engana
muito fácil. Ele é perigoso de mais... Nem sei onde estava com a cabeça
quando permiti as aproximações dele nos últimos dias.
Comecei
andar em direção da porta, mas não por muito tempo.
— Onde você
pensa que vai? – ele me perguntou com a maior cara de pau do mundo. Como ele
consegue ser assim? Mas nem parei para olhar para trás, apenas continuei
meu caminho até que senti aquela força que me puxou de volta, eu não conseguia
me mover. Então fiz força para não voltar na direção dele e apenas continuar a
onde eu estava.
— Luci eu
não quero te machucar... Volta aqui, por favor! – O "por favor"
dele me soou mais como um "volta aqui agora!"
Sabendo que
ele realmente podia me machucar como fez outra vez eu virei na direção dele
mais não me movi.
— Luci não
posso acreditar que você está com raiva por eu não ter feito nada com você,
sendo que é isso que você vem pedindo desde que chegou aqui!
— Não é
isso... Eu sei que teve outro motivo. Não sei qual, mas teve. Você está
diferente...
— Não to
não... Só to estressado com o trabalho... – ele esfregou as têmporas
Estava estampado na cara dele que ele estava cansado. Aproveitei essa distração dele e sai correndo do quarto
Estava estampado na cara dele que ele estava cansado. Aproveitei essa distração dele e sai correndo do quarto
Só ouvi um
"Luci volta..." que me pareceu muito bravo... Sai correndo pelo
corredor, mas algo me dizia que eu fiz um mau negócio. Quando estava prestes
a descer as escadas senti as mãos de Aidan nos meus braços. Ele me
puxou e minhas costas bateram em seu peito.
— Você tem
problema Luci? – ele me perguntou com a voz perturbadoramente sombria enquanto
apertava meus braços. — Já to cansado de você não me ouvir sabia?
— Então me
deixa ir embora! – respondi rebelde.
— Então vai!
– ele me soltou. —Mas saiba que você vai precisar de mim eu vou estar muito
nervoso no meu quarto e não sei se vou querer oferecer minha ajuda! As coisas
lá fora não são como você pensa. Agora todos tem conhecimento de você e você
vai sofrer muito, e como já disse não sei se vou estar a fim de te ajudar...
Não depois disso!
Em segundos
ele estava na porta da frente da mansão abrindo e fazendo sinal para
que eu saísse de sua casa. Meu coração pareceu bater no estomago e
voltar para fugir pela minha garganta.
Não imaginei
que ele faria isso.
Mas mesmo
assim aproveitei e sai correndo o mais rápido que pude desci as
escadas e passei por Aidan e logo me vi no jardim da mansão, faltava
pouco pra eu fugir dali, eu não olhei para trás... Quando em fim passei pelo
portão e corri pela rua me senti livre, mas ao mesmo tempo um aperto tomou meu
peito. Não dei atenção a isso e continuei andando, tinha que encontrar uma
forma de voltar para casa, mas não passava nenhum taxi na rua. Andei sem
direção por ai em busca de algum lugar que pudesse passar a noite, mas algo me
dizia que nada seria fácil para mim. Não fazia ideia do que o Aidan falou,
mas senti a verdade de cada palavra, e o pior que daqui a alguns minutos a
noite cai...
E foi
durante a noite que isso tudo começou.